Meu Maníaco Favorito

Há algo na psicopatia e na maldade que fascina e aterroriza a humanidade há séculos. De Jack, o Estripador, a Ted Bundy, passando por Hannibal Lecter e Jigsaw, vários assassinos em série se tornaram ícones da cultura popular e inspiraram livros, filmes e séries de TV. Mas por que somos tão fascinados por esses criminosos? Não é possível explicar a complexidade desse tema em apenas algumas linhas, mas vou compartilhar um pouco da minha própria história com meu maníaco favorito.

Minha fascinação pelo crime começou quando eu era adolescente. Eu costumava assistir ao programa Investigação Criminal com minha mãe e ficava hipnotizada pelos casos apresentados. Depois, comecei a ler livros sobre serial killers e a assistir a documentários sobre eles. Em algum momento, percebi que tinha uma ligação emocional com esses criminosos.

Não sou a única. Muitas pessoas compartilham essa fascinação pelo crime, em especial por assassinos em série. Estudiosos já tentaram explicar por que isso acontece. Algumas teorias sugerem que nosso interesse se deve ao fato de que esses criminosos parecem tão diferentes de nós, o que nos leva a tentar entender o que os levou a cometer esses atos terríveis. Outra teoria é que investigar o crime nos dá uma sensação de segurança, porque nos sentimos mais preparados para evitar ser vítimas de um crime.

Mas é errado se sentir fascinado por pessoas que cometeram atos tão horríveis? Essa é uma pergunta difícil de responder. Em alguns casos, a fixação por serial killers pode levar a um comportamento perigoso e desrespeitoso com as vítimas e seus familiares. Por outro lado, estudar o crime pode ajudar a entender melhor a sociedade e a prevenir futuros crimes.

Voltando a meu maníaco favorito, não quero dar muitos detalhes sobre o criminoso em questão. Prefiro manter sua identidade protegida, em respeito às vítimas e suas famílias. Mas posso dizer que estou estudando esse caso há anos. Li vários livros e artigos sobre ele, assisti a entrevistas com o assassino e com a equipe de investigação que o prendeu.

Não é fácil explicar por que esse caso em particular me fascina. Talvez seja porque o assassino em questão não se enquadra no perfil típico de um serial killer: ele é charmoso, inteligente e conseguiu enganar as autoridades por anos. Ou talvez seja porque suas motivações ainda são um mistério. Mas uma coisa é certa: meu interesse não se deve à admiração pelo que ele fez. É um interesse intelectual, que busca compreender a mente de alguém que cometeu atos tão cruéis.

Conclusão

Acredito que é importante refletir sobre nossas motivações quando nos sentimos fascinados por criminosos. Ao mesmo tempo, não podemos demonizar aqueles que estudam ou trabalham com o crime, como psicólogos forenses e investigadores. É possível ser crítico e compassivo ao mesmo tempo.

O tema da psicopatia e da violência é complexo e pode gerar muitas discussões. Espero que este artigo tenha ajudado a lançar luz sobre o assunto e a incentivar mais reflexões sobre o nosso fascínio pelo mal.